19.7.06
tudo culpa do adão...

E o trabalho nasceu no exato momento em que Adão, aquele mesmo, deu a fatídica mordida na estúpida maçã. Ah! O paraíso.... jogado fora de uma hora para outra!!! No melhor estilo Silvio Santos: “você troca essa vidinha fácil, nada de trabalho, de chefes, prazos, metas e burocracias, com tudo ao alcance da mão e, melhor ainda, podendo andar por aí peladão... por.... uma maça?” E aí o Adão, com o fone no ouvido, olhando para o infinito gritou: “SIM!!!”. E quem paga o pato até hoje somos nós. Disso tiro a conclusão de que o pecado original, a que estamos condenados, nada mais é que o trabalho. “O trabalho dignifica o homem” é frasezinha típica dessa condição de transcendência a esse pecado.
Mas não quero ser de todo injusto com o pobre Adão. A culpa não foi apenas dele. É claro que rolou uma pressãozinha da Eva, por sua vez influenciada pela serpente. Na real, ambos foram ludibriados, tanto pela serpente, mas principalmente por esse Deus que inventou o tal joguinho infeliz: “se comerem dessa fruta, ponho os dois no olho da rua!!!!” Puta falta de imaginação para um cara que criou tudo o que existe, não acham? Até o Big Brother tem regras mais sofisticadas!
Bom... é melhor eu parar. Já nem sei mais onde quero chegar com isso. E além do mais, o trabalho me chama.
18.7.06
"e eu, uma pedra..."

Se eu fosse ministro da educação não teria dúvidas: botaria esse episódio como material didático obrigatório na escola pública. Afinal, até onde eu saiba, um pouco de pessimismo nunca fez mal a pessoa alguma.
Portanto, se um dia você se encontrar em uma situação de lama total já sabe o que fazer: não estufe muito o peito (pois o dístico não combina com entonações muito rebuçadas), olhe para o infinito, levante uma das sobrancelhas, faça cara de coitado e então, abaixando a cabeça, diga para você mesmo: “E EU, UMA PEDRA”. Depois volte a esse blog e poste um comentário dizendo se essa dica lhe serviu em alguma coisa.
17.7.06
como me tornei estúpido

Taí um livrinho interessante: bem escrito, bem humorado, compacto e fácil de ser devorado em duas horas de leitura. O ponto alto fica com a foto do autor na orelha do livro (da edição em português). Figuraça!!!! E se você olhar antes para essa foto, vai ser difícil imaginar uma outra cara para Antoine, o protagonista esquisitão que, dentre outras tantas presepadas, chegou a traduzir Em busca do tempo perdido para o aramaico e a dublar os gritos de uma família de girafas num documentário sobre a vida animal. De fato, basta a informação de que Martin Page estudou antropologia para imaginarmos que muitas das situações vividas por Antoine ao longo da narrativa tenham um fundo de realidade na vida do autor. Eu mesmo, que me considero um “antropologo-cover”, me identifiquei bastante com algumas passagens (não a da tradução de Proust, nem a da dublagem das girafas). Afinal, para ser antropólogo, sentir-se um estranho nesse mundo de doidos já é meio caminho andado.
16.7.06
alô...som...teste....ah...teste...som...

Depois veio o tal celular, o grande causador de câncer de cabeça e excesso de comunicação interpessoal. Com o celular eu era bem mais radical, afinal, tinha um telefone fixo
Agora é o tal do blog. Desde que ouvi falar nessa bagaça já o achei simpático. A idéia é boa, mas pensava com meus botões: “Já tem muito neguinho fazendo essa merda. Vou ficar contribuindo com lixo na internet?”. E aí concluí: “FODA-SE. Ninguém vai ler mesmo”.
Bom... é essa a história desse blog.